I- Como é vista a formação profissional da pessoa com deficiência no Brasil?
R= O deficiente auditivo não é visto como um sujeito em potencial. Sua formação é limitada, pois a pessoa com deficiência ainda é vista como incapaz de exercer atividades de trabalho. Está sujeito a um sistema de cotas e não há uma preparação específica para entrar no mercado de trabalho. Por isso é preciso preparar a pessoa com deficiência auditiva, tanto no aspecto da capacitação profissional quanto na conscientização de seus direitos e deveres.
II- Qual a principal diferença entre o intérprete e o professor formado em libras?
R=O intérprete possui formação em língua oral, sua função limita-se a interpretar. No entanto, ao mesmo tempo que assume um papel “secundário” este também é um papel primordial, pois serve de ponte, possibilitando uma conexão direta entre professor e aluno. O professor de Libras, por sua vez, possui conhecimento pedagógico, social, cultural e da comunidade surda, seu principal objetivo é pedagógico, é ensinar.
III- Quais as principais barreiras que a pessoa com deficiência auditiva ainda encontra em meio à sociedade?
R= Dentre as principais barreiras está o velho preconceito que se dá devido a falta de informação, de conhecimento, conscientização das pessoas, de acessibilidade, enfim.
IV- O que seria considerado como verdadeira inclusão social no tocante à pessoa com deficiência auditiva?
R=Respeitar o sujeito enquanto lingüisticamente diferente, isso por si só já excluiria o termo “deficiente”. Respeitar a língua, a cultura, a identidade da pessoa com deficiência auditiva é verdadeiramente inclusão social.
V- Qual o melhor método para ensinar a criança com deficiência auditiva na escola?
R= através de gravuras, com o objeto e o seu nome. As crianças podem aprender atribuindo sentido ao significado (objeto) e a significante (imagem). Uma vez centrado na imagem onde o significante relaciona-se com o significado, a criança não mais esquece o que aprendeu. Erros comuns que acontecem com alunos sem deficiência não acontece com alunos com deficiência auditiva, por exemplo: alunos não têm dificuldades com dígrafos. Um erro comum é apenas o de trocar alguma letra que antecede ou sucede à outra, nada mais.