Pensar em surdez para muitos é pensar que a pessoa com surdez é limitada para interagir, para sentir, se emocionar , e questionar seus direitos , ela não escuta, não fala, como vai aprender? Ao contrario do que pensam os leigos, as pessoas com surdez são capazes de aprender e interagir com o mundo que eles vivem , ódio , amor são sentimentos que não necessariamente precisam das palavras como forma de demonstrar que esses sentimentos existem . Através das linguagens que são consideradas indiretas, como, o olhar e o próprio corpo, as emoções são refletidas e mesmo sentidas como numa cena de uma peça, onde o ator encena sua tristeza através de suas lágrimas, suas expressões faciais, mesmo sem palavras são compreendidas pelo público e, ele sente e se emociona.
O surdo utiliza do corpo e principalmente de suas mãos para se comunicar; são elas quem repassam através de sinais lingüísticos as descrição das palavras. Eu estou com fome pode ser um exemplo simples, afinal utilizamos as articulações da face, da língua para pronunciar cada sílaba que formará essa frase, da mesma forma o surdo utiliza das articulações das mãos e da linguagem do seu corpo para dizer, as mãos também falam , sendo assim surdo não pode ser visto como um individuo diferente, ele apenas conduz seu "diálogo", suas emoções de forma diferente. Conscientizar os ouvintes dessa afirmativa é um assunto que estará sendo destacado como pauta do evento sobre inclusão da pessoa com surdez que terá como objetivo principal esclarecer os mitos e verdades sobre a surdez. É possível haver um canal de comunicação entre surdos e ouvintes de forma acessível, com a formação da libras (Língua Brasileira de Sinais) sua introdução nos cursos de licenciatura , a inserção da pessoa com surdez no mercado de trabalho, são conquistas que precisam ser debatidas para que estereótipos do surdo, que é visto como um ser biologicamente incapaz, sejam quebrados, já que se comunicar é um direito universal.
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